terça-feira, 1 de março de 2011

10 Filmes que você precisa ver

Por Mare Soares

Aqui estou eu fazendo meu primeiro TOP 10 todo enrolado!
Primeiro eu pensei em fazer sobre o discursos mais bonitos do cinema, depois sobre os filmes mais emocionantes e no fim, decidi que facilitaria minha vida apresentar 10 filmes que todo mundo deveria ver antes de morrer XD
Nos dois últimos eu não me aguentei e botei duas cenas emocionantes dos filmes, se você não assistiu ainda, não assista ou receberá spoiler. XD 
Vamos lá!


10. Crepúsculo dos Deuses (1950)


Sinopse: No início um crime é cometido e uma voz em off começa a narrar que tudo começou quando Joe Gillis (William Holden), um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar o carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão, cuja proprietária, Norma Desmond (Gloria Swanson), era uma estrela do cinema mudo.
Quando Norma tem conhecimento que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de Salomé, que marcaria o seu retorno às telas. O roteiro era insuportável, mas o pagamento era bom e ele não tinha o que fazer. No entanto, o que o destino lhe reservava não seria nada agradável.


9. Além da eternidade (1989)


Sinopse: Peter Sandich (Richard Dreyfuss) é um aviador que combate incêndios florestais e morre em um acidente. Ao chegar no Paraíso é apresentado a um anjo, que estimula o espírito de Peter a voltar para passar seu know-how para seu jovem sucessor, Ted Baker (Brad Johnson) e para ajudar Dorinda Durston (Holly Hunter), uma orientadora de vôo, a esquecê-lo. Após voltar como uma aparição invisível, Sandich acaba descobrindo que Ted está apaixonado por Dorinda.



8. Ao mestre com carinho (1967)


Sinopse: Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados e desordeiros, neste filme clássico que refletiu alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Sidney Poitier tem uma de suas melhores atuações como Mark Thackeray, um engenheiro desempregado que resolve dar aulas em Londres, no bairro operário de East End. A classe, liderada por Denhan (Christian Roberts), Pamela (Judy Geeson) e Barbara (Lulu, que também canta a canção título), estão determinadas a destruir Thackeray como fizeram com seu professor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray, acostumado as hostilidades, enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta própria. Quando recebe um convite para voltar a engenharia, Thackeray deve decidir se pretende continuar.


7. De volta para o futuro (1985)


Sinopse: Um jovem (Michael J. Fox) aciona acidentalmente uma máquina do tempo construída por um cientista (Christopher Lloyd) em um Delorean, retornando aos anos 50.
Lá conhece sua mãe (Lea Thompson), antes ainda do casamento com seu pai, que fica apaixonada por ele. Tal paixão põe em risco sua própria existência, pois alteraria todo o futuro, forçando-o a servir de cupido entre seus pais.


6. Uma mente brilhante (2001)


Sinopse: Uma Mente Brilhante é baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar. O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade. Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até o fim de sua vida.



5. A rosa púrpura do Cairo (1985)


Sinopse: Em área pobre de Nova Jersey, durante a Depressão, uma garçonete (Mia Farrow) que sustenta o marido bêbado e desempregado, que só sabe ser violento e grosseiro, foge da sua triste realidade assistindo filmes.
Mas ao ver pela quinta vez "A Rosa Púrpura do Cairo" acontece o impossível! Quando o herói da fita sai da tela para declarar seu amor por ela, isto provoca um tumulto nos outros atores do filme e logo o ator que encarna o herói viaja para lá, tentando contornar a situação. Assim, ela se divide entre o ator e o personagem.


4. A Malvada (1950)


Sinopse: Na noite de entrega do prêmio Sarah Siddons, todas as atenções se voltam para Eve Harrington (Anne Baxter). Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato.

3. Filadélfia (1993)


SINOPSE: Promissor advogado (Tom Hanks) que trabalha para tradicional escritório da Filadélfia é despedido quando descobrem ser ele portador do vírus da AIDS. Ele contrata os serviços de um advogado negro, que é forçado a encarar seus próprios medos e preconceitos.





2. Perfume de mulher (1992) *


SINOPSE: Frank Slade (Al Pacino), um tenente-coronel cego, viaja para Nova York com Charlie Simms (Chris O'Donnell), um jovem acompanhante, com quem resolve ter um final de semana inesquecível antes de morrer.
Porém, na viagem ele começa a se interessar pelos problemas do jovem, esquecendo um pouco sua amarga infelicidade.

"Cuidado com o tipo de líderes estão produzindo"

1. Sociedade dos poetas mortos (1989) *


SINOPSE: Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno se torna o novo professor de literatura. Porém, ele propõe métodos de ensino que incentivam seus alunos a pensarem por si mesmos e apresenta aos alunos a Sociedade dos Poetas Mortos. Isto acaba criando um conflito entre os diretores que ainda pregam o método antigo e conservador.


Por fim, quero nos parabenizar por conseguirmos estar há UMA FUCKING DÉCADA sem ter nenhum filme memorável :D E não venham de Cisne Negro, porque em 10 anos ninguém lembrará que isso existiu e cá entre nós, não será nenhuma perda para o cinema. 
Interessante que ao selecionar esses filmes eu fiz uma passagem por vários outros, óbvio. Até porque desses filmes acho que menos da metade entraria para os meus preferidos. E deixei de fora clássicos como E o vento levou, filmes interessantíssimos como De olhos bem fechados ou clássicos adolescentes como Top Gun. Nisso, eu não desconsiderei os filmes atuais, mas o que eu posso fazer se estamos presenciando a decadência, não só do cinema, como da vida? 
Ah, eu sei, vocês vão falar em Avatar blábláblá. Avatar é um bom filme, com efeitos incrivelmente fodas, mas a história não apresenta nada de muito interessante.  
Também vão ter os palhaços que dizem que eu só gosto de drama, então vou lembrá-los de que De volta para o futuro e A malvada são comédias. Além da eternidade é Romance. 


Como eu fiz essa seleção? Todos os filmes que eu citei possuem algum elemento pelo qual mereçam ser lembrados. Vou citá-los:
Crepúsculo dos deuses - A decadência de uma forma de cinema. Quer filme mais atual do que esse? Vivemos  decadência do cinema decente para um show hollywoodiano de efeitos especiais e roteiros porcos.
Além da eternidade - Talvez o maior (e melhor) romance de todos os tempos. Spielberg é Spielberg. 
Ao mestre com carinho - A música. Sem contar a história que não tem nada de especial, mas mesmo assim consegue ser incrível.
De volta para o futuro - A idéia desse filme é genial! Spielberg é Spielberg.
Uma mente brilhante - Baseado em fatos reais e um show de tudo. De atuação, de direção, de roteiro, esse filme é perfeito.
A rosa púrpura do Cairo - Você vai rir. Woody Allen é um gênio. E não estamos lidando aqui com o meu filme preferido do Woody, estamos lidando com o filme preferido dele! E a parte irônica da história: ele não atua nesse filme.
A Malvada - Porque nem tudo é o que parece ser. Certo, Bette Davis? ;) (Quem sabe um pouquinho sobre Bette Davis e sua filmografia entenderá)
Filadélfia - Você vai chorar. 8D Tá aí um filme que eu considero uma lição.
Perfume de mulher - Se o Al Pacino não for motivo o suficiente para te fazer assistir um filme, você não é um ser humano e não é merece o meu respeito. 
Sociedade dos poetas mortos - Há aqueles que consideram o filme massante, chato, blábláblá. Eu considero foda, com uma mensagem mais foda ainda e foi a época de ouro do Robin Williams!


Carpe Diem, amigos! :)



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscar 2011

Por Mare Soares



Imagino que muitos estavam ansiosos pelos meus comentários a respeito do Oscar 2011. Infelizmente, diferente do prometido, não poderei fazer um vídeo exagerando nos meus comentários. O motivo é simples: Eu não posso xingar nada que me proporcionou diversos acertos no bolão do cinemark onde o grande prêmio é cinema de graça o ano todo. XD

Vamos aqui parabenizar minha prima Lucrécia que ganhou o bolão da Lola (@lolaescreva) e do Eu amo Cinema, levando para casa a trilogia Toy Story, A origem e Kick Ass (que será dado para mim, já que eu a fiz apostar no Christian Bale e Melissa Leo).

Infelizmente, fui estúpida o suficiente para não marcar todas as minhas apostas, já que o Cinemark não tem todas as categorias. Mesmo assim, pelo que consigo me recordar, meus erros não foram demais. Inclusive porque todos que entendem um mínimo de cinema votaram em Day and Night para ganhar o Oscar de melhor curta animado. Então, essa categoria eu estou simplesmente desconsiderando, já que todos erraram e se você não errou, eu aposto a minha vida que errou todos os outros. 8D

Nesse Oscar não houve nenhuma surpresa. Diferente dos palpites idiotas que vi por aí, se você assistiu o Golden Globe e o SAG, você poderia ter acertado tanto quanto eu. Mas, o povo gosta muito de apostar em imbecilidades...
Um dos erros que cometi foi em trilha sonora, mas me orgulho de ter cometido. Era óbvio que o genial Hans Zimmer perderia, mas eu não me conformo com sua derrota. Até porque a trilha de A origem É o filme. E a trilha de a Rede Social é uma bosta. Isso eu xinguei muito no twitter, como vocês viram.


Sobre melhor atriz e atriz coadjuvante, eu obviamente acertei mas com certa decepção. Hailee Stanfield merecia uma premiação, mas não levou porque desde o início se mostraram com má vontade. Reparem que ela saiu concorrendo em COADJUVANTE e em um filme você tem atores principais e coadjuvantes. Pois bem, em Bravura Indômita você só tem UMA atriz e olha que legal: ELA É A PORRA DA PROTAGONISTA DO FILME! É A HISTÓRIA DA VIDA DELA, PORRA! Como ela pode ser coadjuvante??????? Ela SÓ aparece em todas as cenas e nem direito a nome no cartaz teve!
E sobre Natalie Portman estava espetacular em Cisne Negro, mas, num filme sem espetáculo e pior com uma protagonista totalmente esteriotipada. Ela merecia? Não por esse filme. Do que adianta uma excelente atriz vivendo uma personagem ruim? Essa minha pergunta eu vi em outras críticas que achei simplesmente genial.
Ainda sobre Portman, vale ressaltar que Rubens (comentarista da TNT) disse que ela estava gorda no Oscar. Oh, céus! Primeiramente, ela "gorda" ficou muito mais bonita do que esquelética-raquítica. Segundo, a mulher está grávida porra! WTF? Em que mundo nós estamos onde acusamos uma mulher GRÁVIDA de estar GORDA??????
Vamos todas virar Nicole Kidman, gente! Podendo ter filhos e fazendo barriga de aluguel para não ganhar estrias. 8D
Voltando ao Oscar:
Minha torcida estava secretamente para Annette Benning, em The kids are all right.

Minha maior satisfação no Oscar foi ver a Rede Social perder. 
Tão divertido quanto ter visto Avatar perder ano passado! A graça é que a rede social perdeu para um filme bom e que todos viram, diferente de Guerra ao Terror que todos viram depois do Oscar ter sido cruelmente tirado da máquina de dinheiro James Cameron.

Todos os anos faço uma reflexão a respeito do oscar e sua decadência. E isso explica, também, minha felicidade na vitória de O discurso do rei. Quando vou ao cinema não procuro galãs ou efeitos, procuro um bom roteiro e uma boa direção. E foi isso o que esse filme nos provou. Num show cinematográfico onde TODOS tentam ser geniais e ridiculamente fracassam, assistir um filme que deu um tapa em nossas caras dizendo "Ei, eu não quero ser genial". foi indescritivamente satisfatório.

Por hora, é só isso que tenho a dizer sobre o Oscar. 
Calei a boca de todo mundo acertando pelo menos 85% das apostas, para aqueles que duvidaram e rindo de todos aqueles que apostarem em A rede Social.

Um beijo!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Lnaçamentos Pensamento-Cultrix

Oi, gente linda! É dia de divulgar coisa booooa! Deliciem-se com os lançamentos do mês de março da Pensamento-Cultrix.


127 Horas - Aron Ralston

127 Horas, lançamento da Editora Seoman, é uma extraordinária história de sobrevivência – o
doloroso relato de Aron Ralston, que passou seis dias preso em um dos lugares mais remotos dos
Estados Unidos, e como um ato repleto de coragem o trouxe de volta para casa.
Tudo começou com uma caminhada pelo Parque Nacional de Canyonlands, em Utah, na tarde de um sábado quente. Para Aron, um experiente alpinista de vinte e sete anos, um passeio pelo remoto cânion Blue John era uma oportunidade de dar um tempo das escaladas invernais nos difíceis e altos picos do Colorado. Apesar de ter conhecido duas charmosas garotas ao longo do caminho, no começo da tarde já estava sozinho, apenas com a beleza natural do lugar ao seu redor. Às 14h41,
ele estava a treze quilômetros de onde havia estacionado, em uma fenda profunda e estreita do cânion, quando desalojou uma rocha de quase meia tonelada que caiu sobre a sua mão direita e o pulso. E, a partir daí, começaram os seis dias mais infernais da vida de Aron.
Com pouca água e comida, sem uma jaqueta para enfrentar as noites geladas, ele lembrou que não havia avisado ninguém para onde estava indo, e essa demora em se soltar poderia ser fatal, já que poderia morrer desidratado ou afogado em uma inundação – ele estava 30 metros abaixo do nível
do solo.
Usando sua câmera de vídeo, Aron começou a gravar mensagens de despedida para sua família e amigos, agradecendo a vida cheia de aventuras, esperando que alguém achasse essa gravação com seus últimos dias de vida. Mas na manhã de quinta-feira ele teve uma inspiração divina que poderia resolver o “enigma” da rocha, um extremo e desesperado ato de bravura que salvaria a sua vida. 127 Horas é um inspirado relato escrito de forma brilhante, engraçada e honesta, de como a morte encontra a vida. Uma história que estará para sempre entre os livros clássicos de aventura.

Sobre o Autor: Aron Ralston nasceu no dia 27 de outubro de 1975 em Indiana, nos Estados Unidos, na região do Meio-Oeste. Desistiu de uma carreira como engenheiro mecânico, com vinte e seis anos de idade, e mudou-se para Aspen, no Colorado, para realizar um feito inédito: escalar os cinquenta e nove picos do Colorado com mais de
14.000 pés (4.300 metros), sozinho, no inverno.





Depois do Escorpião - Samantha Moraes
Não é lançamento. Mas foi assinado contrato para filmagem. Ou seja, os cinemas vão ferver! haha

Perder o marido para outra mulher é algo muito sofrido. Imagine então se essa mulher fosse a ex-garota de programa mais conhecida do Brasil.
Após seis anos de casamento, foi exatamente isso que aconteceu com Samantha Moraes. Seu marido saiu de casa para viver com Bruna Surfistinha e deixou para trás uma esposa arrasada e duas filhas pequenas.
No livro Depois do Escorpião – Uma história de amor, sexo e traição, da Editora Seoman, Samantha Moraes conta sua história desde o início, quando conheceu seu ex-marido aos sete anos de idade. Fala sobre como descobriu a traição através de um fio loiro de cabelo e como está hoje, quando deu a volta por cima e conseguiu se recuperar
da separação.
Seu livro é uma verdadeira lição de vida para inspirar outras mulheres
que temem passar ou passaram pela mesma situação. E, é também um desabafo bem-humorado
de uma mulher batalhadora, bonita e inteligente.

Trecho do livro:
“Nunca vi alguém mudar tão rápido. A cada dia vinha uma novidade, como se meu João estivesse desaparecendo e, no seu lugar, no mesmo corpo, brotasse uma personalidade espinhosa.
João sempre foi um homem caseiro. Era raro sair para baladas. Preferia jantares, não era de dançar. Trabalhava num escritório de direito e cursava faculdade à noite.
Hoje, escrevendo estas memórias, percebo que esses meses em que ele me cobria de presentes, carinho e sexo, coincidiram com os meses em que ele começou a se encontrar com Bruna Surfistinha.

O carro importado que ganhei de presente, na verdade, não era para mim. Mesmo que eu o usasse durante o dia, João sabia que, quando precisasse, poderia pegá-lo para suas novas necessidades de locomoção rápida.”


Sobre o Filme: Ainda em fase de pré produção e negociação para a formação do elenco, o longa metragem ''Depois do Escorpião'', será dirigido pelo cineasta Bruno Azevedo, da Mirage Filmes do Brasil, e o ator e produtor Marcio Rosário, será o responsável pela produção executiva do filme e também fará parte do elenco.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

índole - Kito Mello

Ray Miccolis

Quantas vezes você já ouviu essa palavra? Já pensou no significado? Alguma vez sentiu que, dentro de você, uma ''voz'' parecia fortalecer seus desejos e instintos mais profundos? Conheça a Índole.


''Nascido em um lar conturbado, Márcio apanha calado da mãe desequilibrada, cresce sendo humilhado constantemente por seus pais que lhe ensinam sempre as piores lições, carregando por conta disso, muita mágoa em seu coração. Quando torna-se adulto, Márcio é envolvido em um imbróglio que o leva preso. A primeira noite é um pesadelo, do interior das celas ouvem-se os gritos de sevícias que outros presos mais fracos sofrem, outros cantam raps imitando o som de disparos de pistolas, fuzis e granadas. Márcio perde a vontade de viver e acaba internado. Pouco depois, o avô morre, e vem à tona a vontade de vingar-se de seus algozes, de todos os que destruíram seus sonhos. Para escapar da perseguição ele foge para fora do país e acaba conhecendo um homem que o convida para trabalhar em uma organização sionista em Israel. Lá ele reencontra Sarah, mas ela se decepciona quando descobre o que ele faz. Dez anos depois, ele retorna e tenta reconstruir a vida, mas o passado tem uma conta alta a lhe cobrar.''







Vamos logo ao ponto: Índole é um livro que traz pra nós uma história que poderia ter sido vivida por qualquer garoto que cresce em um lar desestruturado. O livro é uma biografia não autorizada de uma personagem imaginária que poderia ser encontrada numa caminhada por aí.
Márcio nasce dentro de um lar infeliz com um pai malandro da pior espécie, uma mãe gananciosa até o último fio de cabelo e uma irmã completamente influenciada por esse clima impróprio e hostil.
Para que você entenda a vida de Márcio, tem que entender a história de seus pais. É exatamente ali que tudo começa. O avô paterno da personagem principal é um homem honesto, trabalhador ao extremo e muito determinado a conquistar uma vida estável, mas é exatamente por isso que peca. Logo se torna um pai omisso na vida do filho único Saulo, (pai de Márcio) e o guri acaba crescendo acalentado pela mãe que apesar de ver todos os defeitos do rapaz, tampa o sol com a peneira.
Como resultado Saulo se torna um canastrão de marca maior, leva várias mulheres para cara e não aceita a fidelidade no casamento com Heloneida. Dessa forma Márcio e Bia, sua irmã, crescem, cada um à sua maneira, influenciados pela ausência de verdadeira maternidade e paternidade. Márcio ainda dá sorte porque seu avô se aproxima dele, o que gera bons frutos para o caráter do menino. Eu disse caráter.
Dessa forma Márcio cresce tentando escrever sua vida de forma melhor e abre mão de algumas coisas por algum tempo, mas não há maneira de se livrar de sua própria índole. Não mesmo.

O livro tem em suas 394 páginas um grande história pra contar. Conhecer Márcio foi uma lição de vida onde eu aprendi que você é o que quiser ser, apesar de toda e qualquer circunstância.
Kito escreve de forma primorosa, com um vocabulário um pouco além dos romances que têm saído por aí. A cada página eu queria já ter lido cinco, só para saber o que estava pra acontecer. Confesso que avancei algumas vezes, por curiosidade, mas depois voltei. haha.
O cenário carioca é bem explorado, o autor aproveitou a Cidade Maravilhosa para ambientar um ''caso da vida'' com propriedade e maestria.
Por vezes senti o livro como um roteiro de novela de TV, dadas as descrições e contextualizações sempre bem escritas e delongadas. Nessa novela, cada capítulo guarda uma linha imprescindível de uma enorme tapeçaria que é a vida da personagem e todos que a envolvem.
E bem como em qualquer novela, o mocinho faz coisas boas e ruins. O caráter e a crença de Márcio são revelados às pitadas. O que nos faz sentirmos envolvidos com ele, ainda mais compadecidos com sua situação. Márcio é apenas fruto, até certo momento, do que fizeram com ele. Cada passo, escolha e atitude foram motivadas pelos erros e acertos das pessoas ao seu redor.
Mas ainda falando da enorme tapeçaria, existe mesmo esse exemplo em algumas culturas. Quando você olha o lado contrário, o avesso do tapete, não entende bem e não vê a beleza no meio de tantos fios embolados. Mas quando você vê o lado certo percebe que cada linha é importante para a fabricação de uma linda tapeçaria.
Ler e quase viver a saga de Márcio pela sobrevivência nessa jaula de sentimentos selvagens que existe dentro dele, tendo como adestradora sua própria índole, vale a pena.
Kito escreve muito bem, teve uma ideia arrebatadora que é falar da realidade e como resultado, o que não podia ser diferente, Índole é um dos melhores livros sobre a realidade que eu já li.
Autoria nacional de altíssimo nível. Parabéns, Kito.

Índole:
Cinco Estrelas

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A rede social

Por Mare Soares

Estamos aqui com a quarta, eu disse quarta, senhoras e senhores, crítica dos filmes concorrentes ao Oscar 2011. E agora comentaremos um dos preferidos para receber a premiação: A rede social – Que se levar, eu me atiro pela janela.

Temos aqui um filme educativo, crianças. O que aprendemos com ele? O cara que criou o facebook era um baita filha da puta. EEEEEEE, pronto. Foi isso mesmo. E eu me recuso a dar mais “sinopse” do que isso.
A pergunta que me faço, como boa cinéfila, todos os dias antes de dormir é: por quê, senhor? Por qual motivo retardado a rede social está concorrendo a Oscar? E por que é um dos preferidos?
Temos aqui um roteiro interessante, porém confuso. Narra os acontecimentos do passado e do nada vem para o momento “atual” onde está acontecendo trezentos julgamentos. As vezes você se sente meio perdido no meio do filme.
Nosso querido Jesse Eisenberg é um ator visivelmente fraco. Em momento nenhum você simpatiza com o cara. Diferente de Andrew Garfield que consegue, com seu jeito carismático, alcançar a simpatia do público.
Eu juro que tentei sentir compaixão pelo criador do site de rede social Facebook, mas não dá. O ator não deixa. Parece que o cara foi extremamente estereotipado como um gênio não compreendido, vítima dos próprios meios, de si mesmo, de seu tempo. Que ele foi um gênio ninguém duvida, porra! E nem por isso tem que vitimizar. Fica a pergunta aqui: O cretino tá milionário, por que diabos ele é a vítima da situação mesmo?
A meu ver, o filme ilustra apenas o quão filho da puta as pessoas podem ser para atingir seus objetivos e, no meio desse blábláblá, acabou que contou a história sobre a criação do facebook. Que lindo, não?
Fica aqui o que acho: De forma alguma é um filme ruim, é totalmente assistível. Qualquer curioso se divertirá. Agora Oscar? OSCAR? OI? Não dá, sorry.

 

Livros Me Mordam Copyright © 2010 Edições por Rachel Lima | Designed by Ipietoon Blogger Template Sponsored by Emocutez