Leandro Schulai é um paulista gente fina, que aos 15 anos começou a escrever essa história tendo como base seus gostos juvenis, como mangás e animes. Com o tempo e críticas de pessoas próximas, a história tomou corpo e esse ano foi publicada pela Editora Novo Século, sob o selo Novos Talentos.
''A morte tem o poder de separar um amor? Para muitas pessoas a frase “até que a morte os separe” é a afirmação de que morrer é o fim de tudo, inclusive para o amor. Mas se fizermos essa pergunta para o grego Dimitris Saloustros a opinião será bem diferente. Com uma morte precoce e uma promessa feita à sua amada o rapaz parte em busca do desconhecido Vale dos Anjos, local onde se encontram as maravilhas do paraíso e o medo e apreensão das oito prisões, em busca de cumprir o seu feito. Auxiliado pelo anjo guia de enterro Obelisco cujo humor o ajuda nos momentos difíceis, pela cupido Anne cuja beleza é incomparável e treinado pelo misterioso mestre Ramirez, Dimitris parte em uma jornada recheada de grandes belezas, pessoas marcantes e mistérios complexos que o farão perceber que nada é por acaso e que sua estadia nesse misterioso local já era aguardada a muito tempo ...''
Fonte: Skoob
Conheci o Schulai por culpa dos guris do Sobre Livros. Sempre ouvia falar do Leandro nas twitcams dos gêmeos e, num belo dia, assisti à uma do próprio autor. Num concurso de rapidez, ganhei o livro dele. Depois de alguns dias comecei a ler e mergulhei de cabeça na história.
Dimítris, o personagem principal, é um jovem saudável (sim, ele é atleta. haha.), bonito, grego e bem casado. Num golpe de má sorte, o moçoilo morre e fica desesperado. Perder a vida, a esposa e a chance de viver tantas coisas o deixa muito mal.
Para quem tem o costume de ver animes e ler mangás, os sinais de influência são visíveis. As estruturas do Vale, das temidas Oito Prisões e até algumas cenas do livro são visivelmente baseadas no gosto do autor pela cultura oriental de leitura.
Como vocês leram antes, Schulai começou a montar essa história aos 15 anos, o que é marcante no livro. O vocabulário, a estruturação de frases e caracterização singela não escondem a imaturidade do rapaz à época em que o escreveu. Numa narrativa não é normal que 5 de cada 7 frases comecem com ‘’BOM,’’. Uma falha de revisão, até. Um toque que podia ter sido dado para evitar a fadiga de quem está lendo.
Falando das personagens: O amor de Dimítris por Mariah, sua esposa, é lindo. É o grande motivador do recém morto para tudo que faz. Eu entendo que o amor deles seja grande, mas isso torna algumas coisas irreais na história.
Logo depois de ser enterrado, Dimítris aparece na frente de Mariah e a esposa dele não morre de susto, ela chora, mas ainda assim beija o morto e conversa com ele como se não estivesse acontecendo nada absurdo. O_______________________O’
O tal ‘’Torneio dos Céus’’ é super aguardado e quase todos no Vale se preparam para participar dele. Tanta preparação e alvoroço são motivados pelo seu prêmio final. Com o rapaz não podia ser diferente. Ele se inscreve e começa a treinar.
Aí temos outro ponto: Dimítris não tem dificuldades extremas e não sofre tanto quanto os outros concorrentes do torneio. O que me deixa um pouco irritada com o livro. Enquanto outros levam meses para alcançar um resultado, Dimítris leva dias. Poxa. Isso porque ele acabou de morrer, ou seja, teoricamente, é o mais inexperiente no vale.
Fora o fato de todo mundo que ele conhece ser colocado como uma pessoa ‘’extremamente importante’’ e ‘’um amigo especial’’. Ele é tão amigável que só falta virar amigo dos inimigos. (Mentira. Não falta! huahuahua)
Minha opinião sobre o livro se resume em duas palavras: tem potencial.
Por Que digo isso? Apesar de todos os pontos que levante, não consegui largar o livro. A história emana algo muito interessante, um universo único, fruto da cabecinha doida desse rapaz. Há potencial, há o talento que pode ter sido lapidado depois de tantas resenhas e críticas construtivas e, por isso, eu acredito no potencial de Leandro Schulai e sua história.
Acredito numa continuação mais madura e bem escrita. Não abro mão de saber o final de Dimítris e toda sua batalha.
O vale dos Anjos:
Três Estrelas
3 comentários:
Medo... melhor vc nem ler Arelli!!! Ela é má!
Brincando! Tia Nessie nem tem medo... ushaushauhuahsuahs
Amei o blog! Tah ótimo.
Passando pra dizer um olá e q vou passar mais vezes por aki!
Bjoks
Posso aplaudir de pé? Acho que você fez uma coisa que muita gente não tem coragem de fazer: foi honesta.
Acho que muito escritor bom, iniciante, no Brasil não decola por falta de pessoas sinceras ao seu redor. Todo mundo aplaude, passa a mão na cabeça, dá dois tapinhas, mas esquece de apontar as falhas.
Sério, se as pessoas em quem os autores confiam não apontam, já era!
Espero que a galera que cerca os novos autores tome consciência disso.
E espero que o Leandro aproveite suas dicas, e outras, para crescer cada vez mais e fazer MUITO sucesso! :))
Beijocas!
Juh Oliveto
Livros & Bolinhos ~
Adorei a resenha, Ray. Ficou realmente muito boa, gostei da sinceridade. Tenho certeza de que o segundo livro será mais desenvolvido, uma vez que ele trará mais experiência, também.
São marcas que se vai perdendo com o tempo, (:
Beijos, Ray ♥
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